Nosso Propósito
“É TRABALHAR PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA SUSTENTÁVEL DAS PESSOAS”

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A COLIMED TRABALHA PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA SUSTENTÁVEL DAS PESSOAS”

A COLIMED será a empresa líder na avaliação de consumidores de assistência técnica médico-hospitalares, comprometida com a qualidade das relações que estabelece, por meio da identificação na construção de um mundo melhor.
Nossa razão de existir é ser uma família diversificada, atuando de forma segura e rentável, para garantir a excelência de produtos e serviços que melhorem a vida das pessoas. 


NOSSOS VALORES
Pessoas: promovemos o desenvolvimento pessoal para o estabelecimento de relações de qualidade, baseadas no entendimento para o atendimento de nossos clientes, para que estes sejam agentes de transformação e construção de uma sociedade mais Próspera, justa e solidária.

Qualidade: primamos pela excelência na qualidade e segurança de nossos serviços e produtos.

Respeito: respeitamos a vida em todas as suas formas, manifestações e situações.

Compromisso e Responsabilidade: todas as nossas ações, relações e compromissos são pautados e direcionados por princípios éticos-morais de responsabilidade na restauração e no desenvolvimento sustentável das pessoas.

Paixão: temos orgulho de pertencer a uma empresa que faz a diferença, por suas conquistas, inovações e capacidade de superar desafios. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A matéria abaixo foi extraída do "artigo de revisão e atualização":
"DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO" 
de autoria de "Erika de Meirelles Kalil e Aldo José fernando da Costa"
para ler o artigo completo acesse:
http://people.ufpr.br/~microgeral/arquivos/pdf/pdf/Esterilizacao.pdf

ESTERILIZAÇÃO POR MÉTODOS FÍSICOS NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

Entre os métodos físicos de esterilização existentes, dois são utilizados no consultório odontológico, devido a facilidade e segurança que oferecem: esterilização por calor úmido no autoclave e calor seco em forno Pasteur (estufa esterilizadora).

Esterilização em Autoclave

A esterilização pelo vapor de água tem sido o método padrão de eliminação de microrganismos na Odontologia. No autoclave emprega-se vapor de água saturado sob pressão e a esterilização ocorre a temperatura de 121º C por período de 15 a 30 minutos. Nos aparelhos de auto-vácuo, utiliza-se 132 a 1350 C (30 libras de pressão) por 4 a 6 minutos. Este método apresenta excelente penetração do vapor, alcançando todas as superfícies do instrumento, apresenta tempo de ciclo relativamente curto e pode esterilizar líquidos que contenham água.
Nos autoclaves convencionais, o material deverá sair do aparelho com a embalagem umedecida, o que denota cuidados para não danificar a mesma e contaminar o material. Atualmente existem autoclaves que apresentam dispositivos de secagem do material através de sucção do ar, aproveitando o calor dos instrumentos que foram aquecidos pelo vapor.
Para ser esterilizado em autoclave, o material rigorosamente limpo deve ser acondicionado em pacotes, os quais devem ser feitos com material que permita a passagem do vapor; o mais recomendado é o papel manilha ou kraft. Pode-se também utilizar tecido de algodão cru ou filme de poliamida (50 a 100 um de espessura). Papel alumínio e caixas metálicas fechadas não podem ser utilizados, pois não permitem a passagem do vapor. Deve-se tomar com este aparelho, como precauções: a) não utilizar recipientes fechados; b) pode danificar itens plásticos e de borranha; c) pode corroer itens metálicos não-inoxidáveis.


Forno Pasteur

O forno Pasteur consiste de uma câmara dotada de um aquecedor elétrico (resistência) que aquece a câmara e o seu conteúdo; além disso, existe um termostato que regula a temperatura desejada e um orifício na parte superior que permite a colocação de um termômetro. A ação básica do calor seco é a oxidação dos microrganismos.
Por este método podem ser esterilizados materiais que não podem ser molhados como algodão, compressas de gaze, óleos, gorduras, ceras e pós, desde que não se alterem pelo aquecimento. Para instrumentos metálicos e equipamentos de vidro é considerado método de esterilização eficaz.
Na estufa, deve-se utilizar a seguinte técnica: a) colocar o material devidamente acondicionado sem sobrecarregar o forno; b) ligar o aparelho, regulando a temperatura de 160 ou 170 oC por meio do termostato; c) esperar que o aparelho atinja a temperatura desejada, controlando sempre por um termômetro colocado no orifício que se encontra na parte superior do aparelho. O termostato serve apenas para uma regulagem grosseira da temperatura, pois não apresenta sensibilidade; d) a partir desse momento iniciar a contagem de tempo. Após o período de esterilização, não abrir a porta do aparelho imediatamente, pois o calor interno é muito superior ao externo, podendo danificar os materiais, principalmente os vidros, como também, pode levar à combustão de papel ou tecidos.
No preparo prévio do material a ser esterilizado deve-se: a) lavar meticulosamente o material com escovas, pois qualquer resíduo deixado no instrumento irá tornar-se duro e aderente a ele, ficando muito difícil a sua remoção posterior; b) depois de limpos, os materiais devem ser submetidos a secagem, que pode ser feita com jatos de ar e com toalhas de papel; c) papel alumínio é o mais recomendado para o acondicionamento, entretanto, papel manilha ou kraft também podem ser utilizados. Para empacotar instrumentos individualmente (forceps, alavancas, descoladores etc.), pode-se usar envelopes de papel.


Testes de Esterilidade

Os principais indicadores de esterilidade são químicos e biológicos. Indicadores químicos são tiras ou fitas de celulose impregnadas com substâncias químicas sensíveis a determinadas temperaturas. São úteis para controle do material que foi ou não submetido ao procedimento de esterilização. Por outro lado, não podem ser interpretados como efetividade dos procedimentos.
Indicadores biológicos são representados por tiras de celulose, meios de cultura ou outros veículos, impregnados geralmente por esporos bacterianos. Os esporos bacterianos mais utilizados são do Bacillus subtilis para esterilização pelo calor seco (forno) e o B. stearothermophylus para calor úmido (autoclave).
Para a realização de testes biológicos, deve-se colocar envelopes contendo os esporos no forno ou autoclave, em diferentes locais, inclusive dentro de caixas e pacotes. Submeter ao procedimento de esterilização adequado. A seguir, abrir os envelopes, retirar assepticamente a tira de papel contendo esporos com auxílio de uma pinça esterilizada e colocar no interior de tubos com meio de cultura (Tryptic Soy Broth). Incubar a 370 C por 48 horas, deixando na estufa por até oito dias para confirmação. Observar crescimento de microrganismos; quando positivo, fazer esfregaço, corar pelo Gram e observar na microscopia presença de bacilos Gram-positivos esporulados.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CONTROLE DA INFECÇÃO CRUZADA

   Deter as infecções nos consultórios odontológicos tem sido um dos grandes desafios para dentistas, pesquisadores e imunologistas. Na maioria das vezes, os germes têm driblado as medidas de segurança adotadas na atualidade, colocando em risco profissionais e pacientes. Por outro lado, a falta de cuidado de alguns dentistas em relação à biossegurança tem propiciado a intensificação do ciclo de infecção cruzada.
Na prática odontológica, é relativamente comum contatos profissionais com pacientes infectados, portadores de doenças que oferecem risco de vida, como a Hepatite (vírus tipo B) e a Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida (AIDS). A recíproca também é válida quanto à possibilidade de transmissão de doenças infecciosas pelos profissionais da saúde a seus paciente. 

   Portanto para evitar que isto ocorra, o dentista deve seguir a um programa efetivo de normas de assepsia como: a) avaliação e proteção ao paciente; b) proteção pessoal; c) esterilização e desinfecção química; d) assepsia de equipamentos; e) lixo adequado para material contaminado e f) assepsia dos materiais enviados ao laboratório.

   Alguns relatos na literatura têm demonstrado que, segundo Rossetini (1985), as vias de transmissão de moléstias infecciosas identificadas em um consultório odontológico representam assunto de maior importância, porém, estas vias não são levadas a sério pelos profissionais de odontologia. Magro-Filho et al. (1995) verificaram a aplicação de normas básicas de esterilização, desinfeção e paramentação utilizadas por 107 cirurgiões-dentistas da região de Araçatuba e Birigui, estado de São Paulo, e concluíram que grande parte dos dentistas não estavam obedecendo às normas de paramentação, desinfecção e esterilização.

   Para Faraco e Moura (1992), progressos neste sentido parecem ter sido alcançados, mas de acordo com alguns estudos, ainda existe discrepância entre os métodos de controle de doença infecto-contagiosa utilizados pelos cirurgiões-dentistas, e as normas oficiais preconizadas pelos órgãos de saúde. Ademais, um grande número de profissionais parece estar indiferente à implantação de medidas de controle das doenças infectocontagiosas em seus consultórios a despeito dos recursos disponíveis.

   Sampaio, Barbosa e Sampaio (1993a) traz em seu trabalho alguns fatores de risco mais importantes, estando diretamente relacionados com à prática odontológica diária (sangue e agulha), não descartando a transmissão pela saliva e sangue. Nos consultórios de clínica geral a atividade mais intensa do cirurgião-dentista é desenvolvida com alta rotação no preparo cavitário, e este na maioria das vezes provoca sangramento gengival através do contato direto das brocas com a gengiva marginal. Em conseqüência o aerosol provocado por este aparelho e também pelo ultrassônico levará consigo grande quantidade de sangue, bactérias e partículas contaminadas.

   Couto, Couto e Giorgi (1994), com seus estudos, enfatizou a necessidade da limpeza das manchas de sangue dos equipamentos, justificando que alguns microrganismos, como o vírus da Hepatite B, podem sobreviver nestas manchas de sangue por muitos dias, permitindo risco de infecção. Portanto, qualquer equipamento utilizado, após cada sessão clínica, deve ser cuidadosamente desinfetado. Ferreira (1995) recomenda que todos os trabalhadores da área de saúde sejam imunizados, pois correm o risco de se contaminarem com sangue e outros fluidos orgânicos no exercício de suas funções; aconselha-se que o profissional tome vacina contra hepatite B, sarampo, parotidite, rubéola e tétano, ainda que o risco de se contrair seja nulo ou insignificante. Também garante que quanto à adoção de medidas de biossegurança no cotidiano, os gastos para a implantação de um sistema de desinfecção no consultório são muito baixos, quando se divide o produto utilizado pelo número de pacientes atendidos em média.

    Jorge (1997) diz que na cavidade bucal existem mais de 350 espécies bacterianas como habitantes normais da microbiota, a saliva contém 43 milhões a 5,5 bilhões de bactérias por mililitro; portanto o cirugião dentistas utiliza em seu consultório grande número de materiais (instrumentos e aparelhos) que quando contaminados com sangue e/ou saliva devem ser obrigatoriamente esterilizados para evitar os ciclos de infecção cruzada. Medeiros, Cardoso e Ferreira (1998) verificou se alunos do último período de Odontologia estavam realizando corretamente as medidas de controle de infecção e quais os principais erros cometidos que podiam comprometer as recomendações de controle de infecção e concluiu que os alunos pesquisados não estavam seguindo corretamente todas as normas de controle de infecção, e os principais erros foram: não realizam teste anti-HBV, não fazem proteção de filmes periapicais, não fazem desinfecção ou esterilização de peça de mão, não usam óculos protetores e gorro, não fazem desinfecção de moldagens e o descarte de restos de amálgama é diretamente no lixo.

   Teixeira e Santos (1999) dizem que o surgimento da AIDS nos anos 70/80, como uma doença infectocontagiosa, cuja transmissão associava-se a comportamento de risco, e que se tornou uma pandemia, fez com que os profissionais da saúde revissem seus conhecimentos sobre controle de infecção, pois entre els, a incidência de algumas doenças infecciosas é maior do que na população em geral. Porém, desde a faculdade, que, em geral, dão-se aos alunos os conhecimentos teóricos necessários para o atendimento do controle de infecção cruzada, mas não oferecem treinamento e estrutura suficiente para a sua prática, o que desvaloriza a teoria transmitida e faz com que, na prática, o cirurgião-dentista não aja como deveria para evitar os ciclos de infecção cruzada.

   Guevara Péres, Avarez Moreno e Guevara Péres (2000), através de uma revisão de literatura, descreve alguns novos conceitos relacionados com métodos de esterilização e desinfecção e, também, o mecanismo de ação de substância usada na prática odontológica, demonstrando a possibilidade de infecção cruzada com microrganismos patogênicos e a obtenção de uma adequada biossegurança. Rosa et al. (2001) diz que o atendimento odontológico requer condições de assepsia e, para completar as medidas como proteção pessoal, o emprego criterioso de anti-séptico e desinfetantes, métodos adequados de esterilização, tratamento de resíduos patogênicos e também fazer as imunizações recomendadas pelas equipes de saúde. 

   Na preparação prévia do atendimento, observar métodos utilizados como barreira, preparação e organização do equipo, paramentação do operador, do auxiliar, fazer histórico do paciente quanto médicoodontológico e, principalmente, manter-se atualizado quanto aos avanços da biossegurança no consultório. 



 matéria extraída do trabalho
"ESTUDO DO CONTROLE DA 
INFECÇÃO CRUZADA UTILIZADA  PELOS 
CIRURGIÕES-DENTISTAS DE TAUBATÉ"
autoria: Giovanna Lucy Machado e Jane Mathias Kather

para saber mais e acesso ao trabalho completo acesse:
 http://periodicos.unitau.br/ojs-2.2/index.php/biociencias/article/viewFile/58/36